segunda-feira, 16 de maio de 2011

Unidos contra o crack

A jovem Karina Santiago demonstrou sabedoria ao falar sobre um assunto que hoje é tratado com status de Segurança Nacional. Por Ederson Fernandes.
O uso de drogas como crack e cocaína virou problema de saúde pública e por isso há muitas instituições cujo trabalho está voltado para este problema. A Central Única das Favelas (Cufa) é uma delas e acabou de fechar com o Ministério da Saúde uma parceria que prevê uma série de atividades como campanhas e ações preventivas contra o crack, previstas para acontecer em todos os estados do país. Karina Santiago, vice-presidente da Cufa em Mato Grosso, explica que a instituição ainda está trabalhando na construção do projeto e que ainda não foi definida a proposta estratégica dos eventos. "A parceria com o Ministério da Saúde foi fechada no dia 29 de abril. Ainda é cedo para dar um cronograma correto com datas específicas".
No entanto, ela afirma que a base da programação será voltada à prevenção. "Serão realizadas palestras, intervenções urbanas e abordagens nas ruas. No caso daqueles que já estão envolvidos e que queiram ajuda, o trabalho vai ser direto, sem intermediários", esclarece.
Nos outros estados, no entanto, o trabalho já começou. Em alguns locais, para conseguir tirar os jovens da rua a base é a interação entre cultura regional e sons do hip hop. Em outros, o trabalho é com os conceitos do esporte e atividades como basquete. Estados como Santa Catarina estão trabalhando diretamente com os dependentes, indo até as bocas de fumo, fazendo registros e buscando sensibilizá-los.
Segundo os especialistas, o trabalho mais complicado é esse, o de convencer a pessoa que ela precisa de ajuda. O cardiologista Ali Kassen explica que o consumo de crack causa dependência dentro de um espaço muito curto de tempo. "Dentro de 2 semanas a pessoa pode desenvolver o quadro de dependência". O cardiologista ainda lembra que com o tempo a droga pode causar derrame cerebral por aumentar a pressão de forma súbita. Já a falta repentina da substância no organismo traz ao usuário depressão e ansiedade. "Esses problemas podem evoluir para complicações mais sérias, como descontrole psíquico e transtornos sociais. Esta é a fase em que podem acontecer delitos como o roubo de objetos dentro de casa para comprar mais droga".
Composição - O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de cocaína refinada com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína. Por ser produzido de maneira clandestina, sem qualquer tipo de higiene, ele pode conter outros tipos de substâncias tóxicas como cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica.
Fonte: http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/13/materia/274099

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